quinta-feira, 1 de abril de 2010

PULSEIRAS COLORIDAS ESTÃO PROIBIDAS NO CEMFF


Pulseiras do Sexo

À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente. Mas na realidade elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao ato sexual completo.
As pulseiras podem facilmente confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares de jovens e adolescentes em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custam apenas uns centavos em qualquer banca de esquina.
Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado – mostra até que ponto os jovens estão dispostos a ir, se proporcionar, desde dar um beijo até fazer sexo.

o Amarela – Abraçar
o Rosa – Mostrar o peito
o Laranja – Morder com carinho
o Roxa – Beijar com língua
o Vermelha – Fazer dança erótica
o Verde – Chupar o pescoço
o Branca – A menina decide
o Azul – A menina faz sexo oral
o Preta – Fazer sexo
o Dourada- Todos os ítens acima

Não usar é ser careta.
Como quase em tudo nessa idade, quem não as usar é excluído e quem usar as cores preto e dourado é mais respeitado.
"No meu grupo da escola, a líder – que serve de exemplo para todos – só usa pulseiras pretas e douradas. Todos os rapazes da minha turma usam pretas e se uma garota também usa, todos eles gostam dela", conta a criança de 12 anos.
Shannel Johnson, de 32 anos, descobriu através da filha, de oito, o significado das pulseiras e admitiu ao The Sun que nunca suspeitaria que um código desse pudesse existir. Quando a filha Harleigh lhe disse que se alguma arrebentasse, tinha de fazer um “bebe com um rapaz”, Shannel teve uma conversa com a filha, chamando-a de volta à realidade.
Esta mãe, preocupada, começou a pesquisar na Internet e descobriu sites onde se vendiam as pulseiras, grupos no Facebook e fóruns de menores a discutir quem usava que cores. Enquanto alguns pais já confiscaram as pulseiras, muitos continuam na ignorância do significado destes acessórios aparentemente da moda.



Orientações - NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO - ÁREA METROPOLITANA SUL

Tem havido ampla repercussão na mídia o fato de uma garota ter sido estuprada (no Município de Londrina) sob a alegada situação de estar usando pulseiras coloridas que “automaticamente” a colocariam como participante de um jogo de conotação sexual. O uso de tais pulseiras tem proliferado no ambiente escolar, na maioria das vezes sem muito discernimento de seu significado, e as vezes adquiridas pelos próprios familiares de seus utilizadores. Torna-se necessário uma ação rápida e pedagógica no sentido de esclarecer e inibir o uso pernicioso de tais adereços. É muito importante que o ambiente escolar trabalhe algumas questões relativas às condições de respeito e civilidade na convivência e nas relações entre as pessoas, na escola e mesmo fora do ambiente escolar. Ressalte-se que nada obriga alguém, seja quem for a realizar atos que não sejam de sua vontade ou que sejam contrários às disposições legais, aos costumes, às suas aspirações, valores e convicções. Que o uso de um objeto qualquer, mesmo revestido de significado simbólico, não dá o direito a invasão ou supressão dos direitos a que todos somos detentores. Em especial os da integridade física, moral, psíquica e espiritual. Oriente-se e se evidencie o respeito que cada pessoa em formação sob os cuidados da escola deve a si e ao seu corpo. Que a banalização da afetividade e da sexualidade são fatores de despersonalização e deterioração do amor próprio e da qualidade das relações entre as pessoas, no seu viver e conviver cotidiano. Então é extremamente importante neste momento que: 1 - A escola comunique aos pais e professores a interdição do uso de tais pulseiras no ambiente escolar, este material não faz parte das atividades previstas no âmbito pedagógico; 2 – Comunique os alunos desta interdição e das disposições regimentais que impedem o uso de materiais incompatíveis com as atividades pedagógicas; 3 - Oriente que caso o aluno insista no seu uso, estas pulseiras serão retidas e posteriormente devolvidas somente para os pais ou responsáveis do aluno; 4 – que no caso de aluno maior de idade as pulseiras serão retidas e devolvidas ao final do período de aulas; 5 comunique-se também aos pais que em caso de reincidências, além da comunicação aos responsáveis será também comunicado o Conselho Tutelar por documento do Conselho Escolar de cada Estabelecimento.

EXEMPLO DO MATERIAL CITADO

OUVIDORIA DO NRE AM Sul
Marco Antonio de Moraes Sarmento

31/03/2010 - 18h05
Menina de 13 anos é estuprada por causa de pulseira

Curitiba - Aparentemente inofensivas, pulseiras coloridas, chamadas pelos adolescentes de "pulseiras do sexo", "pulseiras da malhação" ou "pulseira da amizade", levaram uma menina de 13 anos a ser estuprada e abusada sexualmente por quatro pessoas em Londrina, no norte do Paraná. Um dos agressores tem 18 anos e os outros são menores. Em razão da gravidade do caso, o juiz da Vara da Infância e Juventude de Londrina, Ademir Ribeiro Richter, proibiu hoje a venda das pulseiras na cidade. A Câmara Municipal também discute a proibição.

As pulseiras finas de silicone começaram a ter conotação sexual na Inglaterra, com cada cor representando uma atitude, que vai desde um abraço até a prática de sexo. O comando para que o parceiro realize a ação é feito quando um arrebenta a pulseira do outro. De acordo com o delegado da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, William Douglas Soares, o comando foi dado por volta do meio-dia do dia 15, no terminal central de transporte coletivo de Londrina.

A vítima e três dos autores tinham se conhecido no dia 14 no mesmo lugar, quando ela saíra da escola e esperava o ônibus para retornar para casa. No dia seguinte, um dos homens chegou até a adolescente e arrebentou a pulseira preta, que convencionalmente representaria o sexo. "Ficou muito claro que a motivação foi o uso da pulseira, porque eles não tinham laço de amizade", afirmou o delegado. "Ela disse que, depois que arrebentou, eles pressionaram que ela teria que fazer e ela se sentiu constrangida e os acompanhou até a casa de um deles."
A família da menina procurou a Delegacia do Adolescente somente no dia 23 relatando o fato. A adolescente foi entregue ao Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) para que tenha acompanhamento psicológico. Para o rapaz de 18 anos, a legislação prevê, em caso de condenação, pena de 8 a 15 anos, enquanto os menores poderão ser encaminhados para medidas socioeducativas ou para internação.