quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PROJETO PDE 2010

PROJETO PDE 2010: CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS: Desafio de "significar o insignificante" - Professora Tânia Regina Cordeiro - Público alvo 5ª Série A - 2011.
 



























PROJETO PDE 2010: CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS: Desafio de "significar o insignificante" - Professora Tânia Regina Cordeiro - Público alvo 5ª Série A - 2011.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
CURITIBA
2011
APRESENTAÇÃO
Prezados professores
:
A natureza é a única fonte dos recursos para a sobrevivência do homem na Terra e está ameaçada pelo esgotamento dos recursos naturais. A economia sustentável oferece a base científica para indicar as possibilidades de propiciar o desenvolvimento sem debilitar ou agredir a natureza. O que há são barreiras políticas e interesses econômicos aparentemente intransponíveis, embora claramente suicidas, em médio prazo.
Para mudar a situação é preciso chegar à conscientização do que a ciência nos ensina. O processo é didático, educativo, começando por despertar a consciência ambiental, que levará as pessoas ao desejo de proteger o meio ambiente. Esse desejo será transformado em potencial de luta e, finalmente, em ação coletiva.
Este caderno pedagógico faz parte das atividades do Plano de Desenvolvimento Educacional do Governo do Estado do Paraná, PDE/2010, com 09 Unidades Didáticas referentes ao Consumo Consciente na Reciclagem de Resíduos, como produção para intervenção pedagógica no ano de 2011, com alunos de 5ª série/ 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Miguel Franco Filho – Ensino Fundamental e Médio, no município de Contenda, do Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Sul.
Neste caderno pedagógico haverá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre consumo consciente na reciclagem de resíduos, relacionando o desenvolvimento de saberes e valores nas novas gerações, conduzindo ao ordenamento social e ecológico. Neste sentido, pode construir-se num espaço reflexivo privilegiado para construção da cidadania. A escolha de determinados conteúdos e o modo como eles são trabalhados devem levar os alunos à realidade social e ecológica e à aquisição dos valores que lhes permitam construir o meio humano sem destruir o meio natural.
Tânia Regina Cordeiro
Professora PDE/2010
APRESENTAÇÃO
A partir da disseminação e aceitação do conceito de que desenvolvimento deve satisfazer às necessidades da geração presente sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras (CMMAD, 1991), percebem-se na sociedade movimentos em busca da concretização desta premissa. Empresas cada vez mais implantam sistemas que contemplam o tripé: economia, ambiente e responsabilidade social. Grupos sociais mobilizam-se para realizar ações contributivas, como a reciclagem de materiais ou a proteção de minorias. Governos incentivam e realizam ações sustentáveis. Estas mudanças, por sua vez, suscitam a necessidade do desenvolvimento de novas habilidades profissionais por parte dos recursos humanos, os quais deverão, cada vez mais, ponderar requisitos ambientais, sociais e econômicos. Esta formação deve iniciar logo cedo, no ensino fundamental, permitindo que as atitudes, crenças e valores sejam imbuídos de preocupações com a sustentabilidade.
Este caderno pedagógico tem a finalidade de levar os estudantes a pensar, a questionar e a realizar ações voltadas ao meio-ambiente. O objetivo é que a sustentabilidade venha a fazer parte do seu modo de agir, tanto na sua vida pessoal, quanto na sua futura atuação profissional.
Simone Crocetti - UTFPr v
SUMÁRIO
Unidade 1 – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA – PRÉ-TESTE.........................................1
Unidade 2 – O LIXO, A PRODUÇÃO DO LIXO E O TRATAMENTO DO LIXO..........2
Unidade 3 – PALESTRA...........................................................................................14
Unidade 4 - FISCALIZAÇÃO DA LIMPEZA DA SALA DE AULA..............................15
Unidade 5 – DOCUMENTÁRIO: FILME "ILHA DAS FLORES".................................16
Unidade 6 – MATERIAIS RECICLÁVEIS: METAL, VIDRO E PLÁSTICO................18
Unidade 7 – MATERIAL RECICLÁVEL: PAPEL.......................................................29
Unidade 8 – PASSEATA ECOLÓGICA: ALERTA SOBRE A PROBLEMÁTICA
DE RESÍDUOS.........................................................................................................39
Unidade 9 – PÓS-TESTE.........................................................................................40
Referências..............................................................................................................41
Apêndices................................................................................................................42 1
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA – PRÉ-TESTE
1. DISCIPLINA
: Ciências.
2. CARGA HORÁRIA:
02 aulas
3. LOCAL
: Sala de Aula
4. TEMA
: Pré-teste
5. OBJETIVOS:
5.1. OBJETIVO GERAL
: Conhecer os hábitos de reaproveitamento de resíduos.
5. 2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Propor e evidenciar questões que nas quais se possam tomar consciência de alguns aspectos dos conhecimentos prévios dos alunos.
- Estabelecer relações entre os conhecimentos prévios dos estudantes e os conhecimentos científicos.
- Selecionar, a partir de contextos, o tema vinculado à vivência dos alunos.
6.
: CONTEÚDOS:
- Consumo consciente.
- Reciclagem.
- Coleta seletiva.
7. ESTRATÉGIAS
- Questionário impresso com 10 questões para os alunos responderem individualmente.
:
8. RECURSOS:
- Cópia da avaliação para cada aluno.
- Quadro de giz
- Portfólio
9. AVALIAÇÃO
- Diagnóstica sobre o tema desenvolvido.
(Obs. As provas e o gabarito estão no apêndice.) 2
:
O LIXO
A PRODUÇÃO DO LIXO
O TRATAMENTO DO LIXO
1. DISCIPLINAS:
Artes, Ciências, Geografia e Língua Portuguesa.
2. CARGA HORÁRIA:
04 aulas.
3. LOCAL:
Sala de aula, laboratório de informática e biblioteca.
4. TEMA:
Lixo, produção do lixo e tratamento do lixo.
5. OBJETIVOS:
5.1. OBJETIVO GERAL:
-Interpretar, confrontar, argumentar e decodificar as idéias contidas no texto.
5.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Identificar as idéias básicas do texto, reconhecendo suas especificidades.
- Entender a produção e importância do tratamento do lixo para o planeta;
- Promover a exploração do conteúdo para a realização das atividades e ao aproveitamento dos diversos materiais do dia-a-dia.
6. CONTEÚDOS
- Lixo e classificação do lixo.
- Produção do lixo.
- Gerenciamento integrado do lixo.
7. ESTRATÉGIA:
-
- Complementação: vídeo sobre coleta de lixo em Barcelona.
Aula expositiva dos conteúdos e atividades de fixação, com leitura e interpretação do texto.
8. RECURSOS:
-
Material impresso (reprodução do texto com atividades de fixação para os alunos), projetor (data show), pendrive (contendo a aula expositiva) e TV Multimídia.
9. AVALIAÇÃO:
-
Participativa e realização das atividades. 3
(
Obs.:O conteúdo foi cedido pela Tetra Pak conforme autorização no e-mail de 18/05/2011.
Texto: material a ser fornecido aos alunos)
O LIXO
Um dos grandes problemas ambientais da atualidade é o lixo. Enquanto a população do planeta cresceu 18% de 1970 para 1990, a produção de lixou aumentou 25%.
Entende-se por lixo todo e qualquer resíduo sólido resultante das atividades do homem na sociedade. Dependendo de sua origem, pode ser classificado como:
LIXO DOMICILIAR –
gerado basicamente nas residências, sendo constituídos de restos de alimentos, produtos deteriorados, jornais e revistas, embalagens em geral, papel higiênico e fraldas descartáveis.
LIXO COMERCIAL –
gerado pelos diferentes segmentos do setor comercial e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, entre outros. O lixo destes estabelecimentos é composto principalmente por papéis, plásticos, restos de alimentos e embalagens diversas.
LIXO INDUSTRIAL –
originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, podendo ser formado de cinzas, lodos, resíduos alcalinos ou ácidos, papéis, plásticos, metais, vidros e cerâmica, borracha, madeira e outros.
LIXO HOSPITALAR –
produzido por hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias e postos de saúde. Constitui-se de agulhas, seringas, gazes, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura, fotográficos de raios X e outros. .Nestes mesmos locais, os resíduos representados por papéis, restos de preparação de alimentos, embalagens em geral, que não entrem em contato direto com pacientes, são classificados como lixo domiciliar.
LIXO PÚBLICO –
originado nos serviços de limpeza pública, incluindo varrição de vias públicas, repartições públicas, escolas, limpeza de áreas de feiras livres, praias, terrenos e córregos. É constituído principalmente por restos de vegetais, podas de árvores, embalagens, jornais e madeira.
LIXO ESPECIAL –
restos das atividades agrícolas e da pecuária, como embalagens de agroquímicos, adubos, restos de colheita, ração e outros.
O enfoque principal será o chamado Lixo Urbano, constituído pelos tipos: domiciliar, comercial e público, sendo de atribuição e responsabilidade das prefeituras sua coleta e destino final.
composto principalmente por resíduos da construção civil, tais como restos de obras e demolições, por animais mortos e 4
PRODUÇÃO DE LIXO
Os Estados Unidos lideram o mundo na produção de lixo. Cada americano produz, em média, 2,3 kg de lixo por dia, sendo gerados 232 milhões de toneladas de lixo urbano por ano Na Europa e no Japão, a média de produção de resíduo sólido urbano chega a 1,2 kg
O Brasil segue o caminho dos países desenvolvidos, na produção de lixo. Somente em lixo urbano, o Brasil produz aproximadamente 35 milhões de toneladas por ano, com uma média de 0,7 a 0,8 kg
A composição do lixo varia, dependendo do país, conforme se pode ver no Quadro 1. Em países subdesenvolvidos, como o Brasil, a porcentagem de matéria orgânica no lixo é maior que em países mais industrializados. As duas principais causas são um sistema de distribuição pouco eficiente, principalmente para produtos "in natura", e a falta de embalagens adequadas, que acarretam grandes perdas de alimentos.
Os alimentos, para serem produzidos e transportados, consomem recursos naturais, grandes quantidade de água e combustíveis fósseis (petróleo), cuja queima gera poluição atmosférica. Sua decomposição, nos aterros sanitários ou lixões, produz metano (CH4) ou dióxido de carbono (CO2), gases responsáveis pelo efeito estufa. 5
per capita por dia. per capita por dia. São Paulo (capital) com suas 12 500 toneladas diárias é a terceira cidade que mais produz lixo no mundo, atrás de Tóquio e Nova York.
Quadro 1. Composição média, em porcentagem, do lixo urbano em alguns países, 2002. MATERIAL BRASIL MÉXICO EUA EUROPA
Matéria orgânica 52,5 54, 4 11,2 28,1
Papel 24,5 20,0 37,4 36,0
Metal 2,3 3,2 7,8 9,2
Vidro 1,6 8,2 5,5 9,8
Plástico
os
2,9 3,8 10,7 7,2
Outros* 16,2 10,4 27,4 9,7

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CONSUMO CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS:
desafio de "significar o insignificante"
PROJETO
CONTENDA
2010
A)DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE
: TÂNIA REGINA CORDEIRO
Área PDE
: CIÊNCIAS
NRE
: ÁREA METROPOLITANA SUL
Professor Orientador IES
: SIMONE CROCETTI
IES vinculada:
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Escola de Implementação
: COLÉGIO ESTADUAL MIGUEL FRANCO FILHO-EFM
Público objeto da intervenção
: 5ª SÉRIE
B) TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
Resíduos e Reciclagem:
assegurado por consumo consciente
C) TÍTULO
CONSUMO CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS
Desafio de "significar o insignificante"
:
D) JUSTIFICATIVA DO TEMA DE ESTUDO
Este projeto diz respeito a algo inserido no cotidiano que nem sempre é percebido como parte do meio ambiente: o lugar de resíduos. O tema é alvo de 3
preocupação em cidades de pequeno porte como Contenda e de grande porte como Curitiba, onde a capacidade da população sujar o espaço urbano é maior do que a capacidade do poder público de limpá-lo. Essa atitude ocorre pela dificuldade da população em considerar "preservação do meio ambiente" um conceito próximo do seu dia-a-dia, o que inclui a escola, a casa, a rua, o bairro e a cidade.
Como elemento da prática pedagógica, a relação interdisciplinar considera que vários conteúdos, mesmo que específicos, articulam-se permanentemente com outros conteúdos, sendo necessária uma aproximação entre eles, mesmo os tratados por diferentes disciplinas escolares.
As relações interdisciplinares são estabelecidas quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra.
Em Ciências, as relações interdisciplinares podem acontecer quando o professor busca nos conteúdos específicos de outras disciplinas contribuições para o entendimento do objeto de estudo da disciplina, o conhecimento resultante da natureza, podendo haver entrosamento do estudo com Português, Artes, Geografia, Educação Física, História, Matemática, entre outras.
A utilização de materiais recicláveis em programas educativos é bastante valorizada, principalmente pela proximidade que se tem com as pessoas, pela facilidade em sua aquisição e a sua grande disponibilidade. Há considerável variedade metodológica no uso de recicláveis no ensino formal e informal, por se tratar de um ensino com métodos diferentes do ensino tradicional, devendo haver uma relação prazerosa do educando com o processo.
Também podem ser usadas as atividades lúdicas como ferramentas metodológicas no processo de formação do conhecimento quando desenvolvidas através dos jogos dinâmicos de oficinas de confecções de materiais didáticos com recicláveis e outras. É ressaltada por Demo (2003), sua importância como estratégia de ensino.
A Ciência pode ser fonte de prazer, caso possa ser concebida como atividade criadora. A imaginação deve ser pensada como a principal fonte de criatividade. A curiosidade é o motor da vontade de conhecer que coloca nossa imaginação em marcha. Assim, a curiosidade, a imaginação e a criatividade deverão ser consideradas como base de um ensino que possa resultar em prazer.
Ensinar nunca será forçar uma aprendizagem, mas contribuir para despertar 4
a energia que possa produzi-la naturalmente. O conhecimento deverá ser construído através da pesquisa, observação, experimentação e descoberta.
Segundo Hodson et al. apud Carvalho (2006),os estudantes aprendem mais sobre as Ciências e desenvolvem melhor seus conhecimentos conceituais quando participam de investigações científicas, semelhantes às feitas nos laboratórios de pesquisa. Essas investigações, quando propostas aos alunos, podem ser resolvidas na forma de práticas de laboratório com problemas de lápis e papel.
No trabalho em grupo, os alunos têm oportunidade de trocar experiências, apresentar suas preposições aos outros estudantes, confrontar idéias, desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.
A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de investigação para a formação de conceitos.
Tais atividades não têm como único espaço disponível, o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos como a sala de aula e utilizar materiais alternativos aos convencionais.
Para tanto este estudo objetiva o consumo consciente na reciclagem de resíduos, como um desafio de "significar o insignificante", este por meio de locais de reciclar lixo, usina de lixo, transformando o lixo em artes plásticas.
E) PROBLEMA/PROBLEMATIZAÇÃO
Como é possível, através de atividades didáticas pedagógicas, darem condições para que os alunos reflitam a sua responsabilidade quanto à produção de resíduos, por meio de consumo consciente? 5
F) OBJETIVOS:
OBJETIVO GERA
-Promover a educação ambiental ao colocar em prática ações de cunho pedagógico com finalidade de desenvolver uma consciência relativa ao consumo consciente na reciclagem de resíduos.
L:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
-Conhecer os processos naturais que sustentam a vida e conseqüências ao meio ambiente.
-Possibilitar a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar.
-Compreender que o gerenciamento integrado do lixo é dever do Estado e direito do cidadão, que deve participar ativamente, modificando seus hábitos com relação ao destino de resíduos em sua casa, na escola, nos locais de trabalho e lazer.
- Associar a reciclagem à questão ambiental, através de atividades de pesquisa em livros, revistas, jornais, internet, dentre outros, a fim de verificar o tempo de decomposição dos resíduos sólidos.
-Utilizar recicláveis para a confecção de materiais didáticos e para atividades lúdicas.
-Desenvolver atividades práticas que demonstrem consumo consciente.
G) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA / REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Conforme Paraná (2008, p.56), com os Parâmetros Curriculares Nacionais, os conteúdos escolares de Ciências Naturais foram reorganizados com eixos temáticos
aluno, desafiá-lo a refletir sobre as representações do mundo e, a partir delas, chegar aos conhecimentos científicos.
Para compreender a dimensão pedagógica das inquietações que a Ciência precisa desenvolver nos estudantes é necessário considerar os temas: aprendizagem significativa, ensino de Ciências, conscientização, meio ambiente.
. No entanto, o ensino desses conteúdos sofreu interferência de projetos curriculares e extracurriculares propostos por instituições, fundações, organizações não-governamentais (ONGs) e empresas que passaram a interferir na escola pública nesse período histórico de orientação política neoliberal. Neste momento histórico houve a supervalorização do trabalho com temas como, por exemplo, a questão do lixo e da reciclagem, das drogas, dos valores, da sexualidade e a questão do meio ambiente, entre outros. Por isso consideramos que ensinar Ciências é inquietar o 6
1
. APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
A expressão aprendizagem significativa pode representar diversas definições de acordo com a teoria a que foi associada.
Os principais teóricos que definem a expressão aprendizagem significativa foram Rogers, Ausubel e Coll (SANTOS 2009).
David Ausubel é um psiquiatra norte-americano que na década de sessenta elaborou uma das primeiras teorias da aprendizagem, que tentam explicar a aprendizagem e o ensino tendo o aluno como referencial, começando o distanciamento das teorias condutistas, que tinham os professores como referencial.
Ausubel apud Santos (2009), afirma que a aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conhecimento é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio.
De acordo com Ausubel apud Santos (2009), ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva.
Carl Rogers nasceu em Chicago em 1902, formado em História e Psicologia, aplicou à educação princípios da psicologia clínica. Foi psicoterapeuta por mais de 30 anos.
Segundo Rogers apud Santos (2009), "Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe ou nas suas atitudes e personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um aumento de conhecimentos, mas que penetra profundamente 7
todas as parcelas de da sua existência".
César Coll Salvador é diretor do Departamento de Psicologia Evolutiva e professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Barcelona, Espanha. Lá foi coordenador da reforma do ensino de 1990, denominada a Renovação Pedagógica. O modelo desenvolvido por ele e sua equipe inspirou mudanças na educação de diversos países, inclusive no Brasil (SANTOS 2009).
Mortan et al. apud Santos (2009), afirma que Coll relacionou a disposição para aprendizagem, preconizada por Ausubel, com um dos enfoques da aprendizagem dadas pelos próprios alunos ao serem perguntados sobre a forma como abordavam a tarefa de estudar: "o enfoque profundo".
Nesse enfoque, a intenção dos alunos é compreender o significado do que estudam, o que os leva a relacionar o conteúdo que estudam com seus conhecimentos prévios, com a experiência pessoal ou outros temas, a avaliar o que vai sendo realizado e a preservar até conseguir um grau aceitável de compreensão (SANTOS 2009).
Em todas as três visões apresentadas conclui-se que é preciso haver um movimento de dentro para fora, por parte do indivíduo que aprende, com relação ao objeto de conhecimento. Para Ausubel, esse movimento é essencial para desencadear "ancoragem" (caso que o aluno já saiba seja suficiente para receber o novo). Como retrata Rogers apud Santos (2009), esse movimento é provocado pelo interesse em função de projetos pessoais e para Coll apud Santos (2009), esse movimento está relacionado com a intenção de aprender.
De acordo com Santos (2009), o que provoca esse movimento de dentro para fora é um processo que pode ser sintetizado como "fazer sentido". Seja para "ancorar", para causar interesse ou para desencadear a intenção de aprender, o objeto do conhecimento precisa a
Em todas as visões é evidente a noção de amplificação do "sistema cognitivo" ou da "capacidade de aprender", na medida em que a aprendizagem significativa ocorra (TETRA PAK LTDA, 2003).
Conclui-se que a aprendizagem significativa é aquela que ocorre a partir do surgimento de um sentido pessoal por parte de quem aprende, o que desencadeia uma atitude pró-ativa que procura desvendar o novo e (re)construir conceitos que ampliam cada vez mais a habilidade de aprender. Resulta no entendimento de que o 8
aluno aprende conteúdos científicos escolares quando atribui a eles significados. Isso coloca o processo de construção de significados como elemento central do processo de ensino-aprendizagem (TETRA PAK LTDA, 2003).
A aprendizagem significativa exige tempo. Se muitas exigências ocorrerem de forma rápida num curto espaço de tempo, a única opção dos alunos é aprender de forma superficial (TETRA PAK LTDA, 2003).
priori, fazer sentido para o sujeito.
2. ENSINO DE CIÊNCIAS
O ensino de Ciências não deve apresentar respostas prontas e bem articuladas a perguntas pré-concebidas. Deve ser apresentado ao aluno com uma linguagem que lhe possibilitará interagir de maneira viva e profunda com o ambiente e o mundo (FONSECA e SANTANA, 2009).
O ensinamento deve ser baseado em atividades que problematizem, sensibilizem, estimulem a criatividade e instiguem o espírito curioso e inventivo de crianças e jovens, enfocando os fenômenos mais simples do dia a dia, com desafios que conduzam à construção do conhecimento científico (FONSECA e SANTANA, 2009).
Com o acesso às informações interessantes poderá haver um aprimoramento dos conteúdos da matéria. Além disso, os alunos precisam aprender a fazer comparações, a emitir opiniões, a conversar com outras pessoas, a construir instrumentos e a pensar em soluções (FONSECA e SANTANA, 2009).
Deverão ser criadas situações para a formação e desenvolvimento de hábitos e atitudes favoráveis à educação. Os conteúdos deverão ser trabalhados para que haja um entendimento integral (FONSECA e SANTANA, 2009).
O ensino de Ciências deverá formar um cidadão crítico e participativo da sociedade, ciente de seus direitos a uma vida saudável e de seus deveres para tornar saudável também a vida dos outros e o ambiente. Para atingir esse objetivo não bastam que os alunos apenas se apropriem dos conhecimentos, eles precisam aprender a usá-los (FONSECA e SANTANA, 2009).
Conforme Paraná (2008):
Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça de por
conceitual
integração e que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina (relações interdisciplinares), entre os conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais). Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentais na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.
Portanto, sugere-se que o professor trabalhe com os conteúdos estruturantes em todas as séries, a partir da seleção dos conteúdos específicos da disciplina de Ciências, adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do aluno. Para o trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário conceitual, usar uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos de acordo com as realidades regionais, além de considerar os limites e as possibilidades dos livros didáticos (FONSECA e SANTANA, 2009).
Segundo Freire (1996), não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Educadores e educandos interagindo-se de uma maneira prazerosa, propondo desta forma aos seus alunos e com isso enfatizando a leitura em forma de pesquisa, portanto, quando se pesquisa, está em busca daquilo que não acontece ou quando já tem conhecimento, pretende-se através da pesquisa, ampliar seus conhecimentos com mais consciência na construção do saber participante.
3. CONSCIENTIZAÇÃO
Sem dificuldade admite-se que uma das principais diferenças que distinguem os seres humanos dos outros seres vivos é a aquisição da capacidade de agir sobre o meio natural para criarem seu próprio meio. Desta forma, mais do que adaptar-se às suas necessidades. Admitindo-se, ainda, que a ação de transformar a natureza está diretamente relacionada com o crescente desenvolvimento das funções e habilidades que caracterizam a condição humana, chega-se à conclusão que os seres humanos são responsáveis, simultaneamente, pelas conseqüências que o modo de organização de suas condições de existência terá na realização humana de todos e de cada um deles e pelo impacto que sua ação sobre a natureza terá no conjunto do ecossistema (TETRA PAK LTDA, 2003). 10
Assim, a história humana é, ao mesmo tempo, uma história social, reveladora das possibilidades que todos, homens e mulheres, têm de realizar-se como seres humanos, e uma história ecológica, reveladora da sua habilidade para criar seu próprio meio sem destruir o meio natural do qual depende a existência da vida em geral. Isto exige educação, no sentido mais amplo do termo. Exige conhecimento da natureza, de suas possibilidades e limites, e do ser humano, de suas especificidades e relações com a mesma natureza, de competências científicas e técnicas que tornem eficiente a ação humana para construir sem destruir, para criar o meio humano em harmonia com o meio natural. Exige também o desenvolvimento de valores vinculados aos poderes de construção e destruição que o processo de humanização desenvolveu os seres humanos. Exige, enfim, suscitar em todos, o amor à vida, nas suas múltiplas formas de expressão (TETRA PAK LTDA, 2003).
O princípio articulador da relação entre os termos meio ambiente, , cidadania e educação é uma certa concepção de ser humano. Uma concepção que, sem atribuir-se um direito de exclusividade, permite seguir a trajetória evolutiva de uma espécie biológica que transpõe os limites da ordem da natureza, ou das realidades dadas, e se projeta nos horizontes novos da ordem da cultura, ou das realidades produzidas ou fabricadas por ela mesma tal capacidade confere a esta espécie o poder de traçar seu próprio destino como humanidade; o que não a libera dos laços de solidariedade radical com os outros seres, pois a condição humana assenta suas bases na natureza. Conservar e proteger a natureza equivale, assim, a garantir as condições básicas da sua própria existência como espécie, fundamento da sua condição humana. Depredar e destruir a natureza equivale, no limite, a própria destruição da humanidade (TETRA PAK LTDA, 2003).
A consciência ecológica é inseparável da consciência social, como a luta pela proteção da natureza é inseparável da luta pela realização da condição humana. O conceito de cidadania envolve uma e outra. Direito e exercício desse direito nas práticas sociais, a cidadania pressupõe um ordenamento das relações dos homens entre si, da estrutura das relações sociais, e deles com a natureza. O que implica, ao mesmo tempo, conhecimento e compromisso político. Assim, cabe à escola, enquanto organização social complexa, responsável pelo acesso de todos ao conhecimento socialmente produzido, contribuir, junto com outras organizações e movimentos sociais, para a realização de um projeto educacional capaz de 11
desenvolver nas novas gerações saberes e valores que lhes permitam participar no ordenamento social e ecológico. Neste sentido, ela pode constituir-se num espaço reflexivo privilegiado para a construção da cidadania. A escolha de determinados conteúdos e o modo como são trabalhados pela escola devem possibilitar às novas gerações compreender a realidade social e ecológica e adquirir os valores que lhes permitam construir o meio humano sem destruir o meio natural (TETRA PAK LTDA, 2003).
4. MEIO AMBIENTE
A expressão "meio ambiente" pode indicar qualquer espaço em que um ser vive e se desenvolve e este pode ser considerado o local onde se mora, trabalha, estuda, lugar de lazer, enfim espaço físico, biológico e sociocultural.
"De modo a promover uma consciência social capaz de gerar atitude que alterem os comportamentos que demonstre sensibilidade, responsabilidade, habilidades necessárias para buscar soluções para os atuais problemas ambientais" (DIAS, 2003).
4.1. BIODIVERSIDADE/ECOSSISTEMA
Segundo a ONG WWF-Brasil (2011), o termo biodiversidade ou diversidade biológica descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.
Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo e as inter-relações ou ecossistemas, nas quais a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras (ONG WWF-BRASIL, 2011). 12
Segundo Paraná (2008):
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade dos seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécie seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.
4.2. O LIXO
É todo resíduo sólido proveniente de atividades humanas ou mesmo de processos naturais (poeira, folhas e ramos mortos, cadáveres de animais). Os resíduos urbanos são um dos maiores problemas ambientais da atualidade, pois os moldes de consumo adotados pela maioria das sociedades modernas provocam o aumento contínuo e exagerado na quantidade de lixo produzido (UFSC, 2010).
Braga (1993), afirma que o povo brasileiro é asseado com sua higiene pessoal, traduzida pelo costume do banho diário, e cuidadoso com a limpeza da casa e da sua calçada; entretanto, fora desses limites "sofre uma metamorfose absurda", deixando de se importar com os destinos do lixo das vias públicas. Nesse sentido Carregal (1992), observa que "o brasileiro não vê a rua como espaço seu, e sim do governo, o povo não considera o espaço público como extensão da casa".
4.3. RECICLAGEM
O conceito de reciclagem é amplamente utilizado dentro do contexto ambiental para materiais orgânicos que são utilizados novamente (passando, ou não, por processos de transformação) (ADAMS, 1999).
Então, reciclar é mudar, e para mudar é preciso fazer uma avaliação da nossa forma de vida. Optar pela mudança é um ato de reciclagem cultural, e, mais do que isto, é um ato de cidadania (ADAMS, 1999).
Através da reciclagem, os resíduos passam a ser visto de outra maneira, não como não como um final, mais como o início de um ciclo em que podemos preservar o meio ambiente, a participação consciente e a transformação de hábitos (MARODIN e MORAIS, 2004, p.3). 13
Assim sendo, deve ser discutido, como está à situação do lixo na escola, qual o seu destino e procurar alternativas para um destino correto. Devem-se promover campanhas para a redução e produção do lixo, onde os alunos poderão buscar alternativas para tornar as latas de lixo mais atraentes e mais utilizadas (CURRIE, 2000).
No estudo da Comunidade e o Meio Ambiente, a autora destaca a importância de enfatizar o papel do aluno na sua comunidade, criando uma troca de sua vivência e de sua realidade com o saber escolar. A criatividade sempre produz resultados interessantes. O ser humano gosta de desafios e precisamos utilizar toda a criatividade à nossa disposição para tenta amenizar os problemas que estão ameaçando o Meio Ambiente (CURRIE, 2000).
Para isso é preciso que toda a comunidade se mobilize e comece imediatamente a mudar hábitos incorretos que fazem mal à natureza e a nós mesmos, começando primeiramente separar os resíduos para serem enviados à reciclagem.
H) ESTRATÉGIAS DE AÇÃO O quê? Quem? Como? Onde?
1 Pré-teste visando sobre Ciências e Conscientização Alunos Questionário de conscientização e Ciências Sala de Aula
2 Palestra sobre a importância, do consumo consciente para o ambiente. Professora, convidados e todos os alunos. Convite a profissionais convidados. Pátio do Colégio
3 Conteúdo:
Lixo;
Produção de lixo;
Tratamento;
Decomposição
Materiais recicláveis
Professora e Alunos Ver detalhamento abaixo. Sala de aula;
Biblioteca;
Laboratório de informática.
9
2

TÂNIA REGINA CORDEIRO
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
iv
iii
ii
Material apresentado como requisito parcial ao Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE/2010 de Ciências.
Orientadora: Profª MSc. Simone Crocetti
IES: UTFPR
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PROFESSORA TÂNIA REGINA CORDEIRO
CADERNO PEDAGÓGICO
CONSUMO CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS:
desafio de "significar o insignificante"
CURITIBA
2011

TÂNIA REGINA CORDEIRO
CADERNO PEDAGÓGICO
CONSUMO CONSCIENTE NA RECICLAGEM DE RESÍDUOS:
desafio de "significar o insignificante"

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PROJETO EXTRA CLASSE - VISITA AOS MUSEUS DE CURITIBA.

PROJETO EXTRA CLASSE DOS ALUNOS DO 1ºA,B,C e 2ºA. Visita aos Museus de Curitiba - Disciplina de Arte da Profª Carmen - Fotos MON-Museu Oscar Niemeyer / Museu Alfredo Andersen e Casa João Turim.





















domingo, 27 de novembro de 2011