Contenda terra querida
Que ao poeta deste guarida,
Dás o teto, dás o pão.
Por isso em versos que faço,
Eu vos concedo um pedaço
De meu grande coração.
Comunidade de bravos,
De brasileiros e eslavos,
Que Deus no mundo criou.
O teu passado distante
Nos lembra o forte emigrante,
Quando em teu solo aportou.
Irmanando-se ao altivo,
Ao brasileiro nativo,
Forma a raça varonil,
Que com luta e braço forte
Exporta ao sul e ao norte,
O cereal para o Brasil.
Contenda, teu nome á luta,
Mas não é guerra, é labuta,
É demanda pela paz.
Se plantar a Deus agrada,
Quer com trator ou enxada,
Teu filho é isso que faz.
Mas o terno e deslumbrante,
È em manhã de sol radiante,
Em uniforme escolar,
Ver teus filhos bem contentes,
Bandos tafúis sorridentes,
O aprendizado a buscar.
É de Deus a criatura,
Buscando beber cultura
Que é na vida um bem precioso.
Eu vejo em ti mocidade,
Marchar a comunidade
Pra um futuro esplendoroso
Se este poeta merecesse,
Que Deus do céu concedesse,
Por amor ou por piedade,
Uma graça eu pediria:
Que só reinasse alegria
Em nossa comunidade.
Outubro-1986.